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Nos últimos anos, a tecnologia transformou a forma como nos relacionamos com a saúde. Com a abundância de informações disponíveis na internet e as diversas opções de atendimento, o paciente se tornou mais empoderado e conectado. Por isso, para atender ao chamado “paciente 4.0”, é necessário aprender a lidar com esse novo perfil de consumidor.

Paciente 4.0:

O termo “paciente 4.0” foi criado para descrever o novo perfil de paciente que surgiu com o avanço da tecnologia e o fácil acesso à informação. Esse paciente está mais conectado, possui maior autonomia e é mais exigente em relação à qualidade do atendimento. Algumas das principais características do paciente 4.0 incluem:

  • Empoderado: O paciente 4.0 tem fácil acesso a informações sobre saúde e tecnologia, o que lhe confere maior autonomia e poder de decisão em relação ao seu tratamento.
  • Conectado: O paciente 4.0 está conectado através de dispositivos móveis, redes sociais e aplicativos de saúde, o que permite a troca de informações com médicos e outros pacientes, além de possibilitar o acompanhamento remoto do tratamento.
  • Demanda por qualidade: O paciente 4.0 tem uma maior exigência em relação à qualidade do atendimento, esperando ser tratado com empatia, respeito e cordialidade.
  • Proativo: O paciente 4.0 é mais proativo em relação à sua saúde, buscando informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento, e participando ativamente do processo de cuidado.
  • Único: O paciente 4.0 espera um atendimento personalizado, que leve em consideração suas necessidades e características individuais, e que seja adaptado 

Atendimento humanizado:

Uma pesquisa realizada pela Doctoralia mostrou que no Brasil, 63% das pessoas procuram por atendimento humanizado, ou seja, que ofereça atenção, empatia e cuidado durante todo o processo de atendimento. Isso é fundamental para garantir que os pacientes recebam não apenas tratamentos clínicos adequados, mas também apoio emocional durante momentos de vulnerabilidade.

O atendimento humanizado é fundamental para garantir que os pacientes recebam não apenas tratamentos clínicos adequados, mas também atenção, empatia e cuidado durante todo o processo de atendimento. Quando os pacientes se sentem acolhidos e ouvidos pelos profissionais de saúde, isso pode aumentar sua confiança e cooperação no tratamento, melhorando a qualidade dos resultados.

Além de melhorar a experiência do paciente, o atendimento humanizado pode trazer ganhos significativos para a eficácia dos tratamentos e a satisfação dos profissionais de saúde. Com um atendimento mais empático e cuidadoso, os pacientes tendem a se sentir mais confiantes e colaborativos durante o processo de diagnóstico e tratamento, o que pode levar a melhores resultados de saúde. E os profissionais de saúde que adotam essa abordagem tendem a ter um maior engajamento e satisfação no trabalho, o que pode melhorar sua qualidade de vida e reduzir o risco ocupacionais.

Mas como alcançar esse tipo de atendimento?

Capacitação: É importante que os profissionais de saúde se dediquem a aprimorar suas habilidades de comunicação e empatia, ouvindo atentamente os pacientes e buscando entender suas necessidades e preocupações. Invista em treinamentos, cursos e palestras que preparem o profissional em um olhar amplo. desde a recepção até os procedimentos mais delicados com o paciente.

Cultura de cuidado: Além disso, é fundamental que as instituições de saúde incentivem uma cultura de humanização e cuidado, valorizando as práticas que promovem uma relação mais próxima e acolhedora entre médicos e pacientes.

Melhorar processos: Identifique os processos relacionados diretamente ao paciente, mapeie esses processos, identifique atividades burocráticas, “gargalos” e falhas que distanciam o profissional do paciente e otimize onde for possível. Nem todos os processos podem ser automatizados, mas, sempre que possível, a tecnologia pode ser adotada para automatizar procedimentos burocráticos, liberando tempo para que atendentes, médicos, enfermeiros e voluntários possam se concentrar mais no paciente e menos na burocracia.

Pesquisa de satisfação e cultura do feedback: Para valorizar a empatia e o cuidado com o paciente, os profissionais de saúde devem ter tempo para ouvir e responder às perguntas e preocupações dos pacientes. Eles devem abordar o paciente de maneira holística, levando em consideração não apenas seus sintomas físicos, mas também suas necessidades emocionais, sociais e espirituais.

Conclusão:

Em resumo, em tempos de aceleração tecnológica, a humanização do atendimento médico deve ser considerada uma prioridade em todos os níveis de cuidados de saúde, desde os cuidados primários até o tratamento especializado. Um atendimento humano é a base para uma relação saudável entre médicos e pacientes e pode fazer toda a diferença na experiência do paciente.