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Entrar no mercado de trabalho após a conclusão da faculdade é um desafio para todos os profissionais, e na área médica não poderia ser diferente. Apesar de serem qualificados o suficiente para obter o CRM, as oportunidades para médicos recém-formados são escassas devido à falta de experiência. No entanto, existem diversas formas obtê-la e, em pouco tempo, conquistar grandes oportunidades.

O médico vem acompanhado de toda a segurança do que fazer ou não, em uma rotina guiada por staffs e professores, com carga horária definida desde o período final de internato médico até o término da residência. Essa segurança um dia termina. E em seguida vem o início de uma rotina totalmente nova, de profissional liberal autônomo com o poder de decisão sobre o que irá fazer. Para muitos isso pode ser um desafio animador, para outros um desafio assustador. Para isso, existem oportunidades ótimas para tirar as dúvidas e, de quebra, ganhar mais experiência. Conheça algumas delas:

1. FAÇA NETWORKING:

É vital para seu engrandecimento científico participar de congressos, feiras e eventos diversos. Estabeleça contato com a mídia, envolva-se com a comunidade ao redor do seu local de trabalho. Coloque o seu nome à disposição para mesas-redondas e estabeleça parcerias. Isto contribuirá para criar e aumentar o seu networking. Ter contato com outros profissionais é importante para conseguir uma colocação, mas para isso é preciso ver e ser visto. Esteja onde as outras pessoas estão: eventos, congressos, fóruns de discussão, mesas redondas e tudo o mais que o ajudar a criar e aumentar a sua rede de conhecimentos. Através dela várias oportunidades, com certeza, aparecerão. Além disso, explore as redes sociais. O LinkedIn é o canal mais conhecido e utilizado para que as pessoas divulguem seu perfil, com suas conexões, experiências e demais informações, podendo ampliar seus contatos.

2. FAÇA PESQUISAS:

Procure saber antecipadamente como funciona o estabelecimento que surge como primeira oferta de trabalho. Cuidado para não se iludir, esperando uma coisa, podendo encontrar outra bem diferente. Todos os estabelecimentos têm seus pontos positivos e negativos. Aceitar de pronto uma oferta pode provocar uma profunda decepção. Assim, é importante saber a opinião de pessoas que trabalham ou trabalharam no local, como são as condições para desempenhar bem suas funções, o relacionamento humano e as características das pessoas mais próximas da sua especialidade.

3. TIPO DE TRABALHO

Busque pelo tipo de trabalho que você gosta de exercer: sem querer arriscar, os médicos em início de carreira tendem a optar por uma procura mais segura, em locais de trabalho já conhecidos. Isto pode conduzi-los a situações de frustração e consequente arrependimento. O mais importante é que o profissional procure o tipo de trabalho que realmente pretende desenvolver, já escolhendo com quem deseja exercer sua função. Estar diariamente em um ambiente onde não se sinta confortável não trará nenhum prazer e realização, mas insatisfação e estresse ao longo do tempo.

4. APROVEITAR A RESIDÊNCIA

Para os recém-formados, o período de Residência é fundamental não apenas para sedimentar o conhecimento científico e a experiência prática, mas também expandir seus contatos. Desde cedo, é importante procurar o local ideal em que deseja trabalhar, valendo-se dos contatos com outros médicos, a fim de se aconselhar e, quem sabe, ser indicado ao final do período de especialização. Um ano e meio é tempo suficiente para que encontre o trabalho na sua área específica.

5. AVALIAR A LOCALIZAÇÃO

Sondar cidades do interior, próximas aos grandes centros, onde a concorrência é menor, pode ser uma boa alternativa para quem vai iniciar a carreira, com alternativas viabilizadas por concursos públicos ou que possam surgir na procura em estabelecimentos particulares. Esta pode ser uma estratégia inicial para adquirir experiência, proporcionando maior segurança quando o médico encontrar a oportunidade de se transferir para um grande centro, onde a concorrência é maior. Além da chance de iniciar o trabalho em sua especialidade, o interior pode proporcionar satisfação com o desempenho profissional e grande reconhecimento.

6. ENTENDER AS RESPONSABILIDADES

Geralmente, jovens médicos preferem iniciar a carreira em grandes redes de hospitais. Ao agirem assim, vislumbram a oportunidade de estar ao lado e poder trabalhar com equipes de outros médicos, principalmente aqueles com maior notoriedade. Entretanto, é importante que estejam conscientes da altura das responsabilidades e cobranças que terão pela frente. A competitividade é alta e é preciso demonstrar segurança e capacidade permanentemente.

7. SABER SEU VALOR DO TRABALHO

Todo profissional passa por dúvidas quando o assunto é a remuneração, seja no primeiro emprego ou quando está de mudança para outro. É preciso ir além dos bancos da faculdade e saber se posicionar no mercado. É importante saber o valor do seu trabalho e não aceitar de cara uma proposta, principalmente se for o seu primeiro emprego. Olhe com atenção, também, o que a empresa oferece em termos de ganhos indiretos e quais as possibilidades de ascensão em sua vida profissional. Verifique quais são seus direitos e deveres e, para ter maior segurança, consulte profissionais mais experientes, amigos e até, caso sinta necessidade, um contador e um advogado de confiança.

8. MÉDICO GENERALISTA

Também chamado de clínico geral, o generalista é o médico que atende a todos os tipos de enfermidade em pessoas de qualquer idade. São comuns em cidades pequenas, de difícil acesso. É o famoso “médico de família”.  É a única área que, apesar de necessitar de especialização, não exige a residência. Por esse motivo, e por sua amplitude de atuação, muitos médicos iniciantes optam por exercer essa função.

9. ATENDIMENTO EM CONSULTÓRIOS

Ao atender em consultórios, o médico passará a atuar em área clínica, voltada para exames e serviços particulares da medicina. É importante ficar atento, pois, caso seja associado, o médico de consultório precisa ter cuidados que os outros tipos de médicos não têm, como os pagamentos dos tributos e abertura do CNPJ da empresa. Caso o profissional seja apenas contratado, atuará como funcionário da empresa.

10. PLANTÕES EM HOSPITAIS

Fazer plantões em hospitais: O médico plantonista é aquele que trabalha no  atendimento de emergência sem distinção de caso. Orientar os pacientes, prescrever remédios e realizar exames clínicos são algumas das funções exercidas por esse profissional. O trabalho do médico plantonista é intenso, porém propicia um enriquecimento profissional e pessoal imenso. Os hospitais trabalham usualmente com plantões através de pessoa jurídica. Nesses casos os médicos constituem empresa para prestar serviços aos hospitais. Esse tipo de prestação de serviço em geral reduz a tributação dos médicos.

11. UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

Trabalhar em unidades básicas de saúde: As unidades básicas de saúde são os postos do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem por objetivo principal o atendimento da saúde da população sem necessidade de encaminhamento, atendendo a até 80% dos motivos que levam alguém a procurar um médico. É representado pelo programa Mais Médicos. Algumas das suas funções são: aplicar vacinas, fazer curativos, prescrever aplicação orientada, entre outros.

Concluindo:

Sabendo de todas opções e alternativas o foco profissional é extremamente importante para o sucesso na carreira médica. Nem todo médico precisa, necessariamente, seguir o mesmo rumo para entrar no mercado de trabalho: existem profissionais que terminaram a faculdade e foram direto para a residência médica, enquanto outros adquiriram experiência primeiro para depois estudarem para a residência clínica. O importante é saber quais seus objetivos.

Fontes:

http://contamedica.com.br/blog/2019/02/04/medico-recem-formado-como-entrar-no-mercado-de-trabalho/

https://prodoctor.net/blog/como-iniciar-a-carreira-medica/